quarta-feira, 22 de abril de 2009

Prêmio Expressão Ecologia aponta Iguaçu como modelo de gestão de parques

As unidades do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade se notabilizam por proteger áreas significativas do cada vez mais frágil ambiente natural brasileiro. Uma dessas unidades é o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, considerado por especialistas do júri do Prêmio Expressão de Ecologia como detentor de uma das melhores tecnologias de gestão de parque do país.

Segundo o júri, os servidores do parque agem de forma exemplar na gestão da unidade com mais de 185 mil hectares de mata atlântica protegidos, o maior remanescente do Sul do país, e que completou 70 anos em janeiro de 2009.

Segundo o chefe do parque, Jorge Luiz Pegorado, a unidade promove várias ações socioambientais – que vão da educação ambiental a projetos de turismo ecológico e rural desenvolvidos para proveito das comunidades de 14 municípios no entorno.

Ainda segundo ele, o parque dá ênfase especial às ações de proteção à fauna. O projeto Carnívoros do Iguaçu, por exemplo, busca salvar da extinção a última população viável de onças-pintadas do Sul do País. Outras ações são o monitoramento do veado-bororó, do jacaré-do-papo-amarelo e do quati.

Os trabalhos, informa Pegoraro, são feitos em parceria com instituições de ensino, governos, empresas e ONGs. “Estudos indicam que existem no local mais de 235 espécies de aves e 50 espécies de mamíferos, além de uma rica diversidade de espécies vegetais, dentre elas o ipê-roxo, o pinheiro-do-paraná e o palmito juçara”, diz ele.

Já o projeto que venceu o Prêmio Expressão de Ecologia 2008 resolve problemas em outra frente, a de revitalização da área de uso público do parque. “Ela corresponde a 3% da área total, é a que mais sofre impactos devido à visitação (1 milhão de turistas por ano) e é nela que se encontram as Cataratas do Iguaçu”, explica o chefe.

O parque mantém anda o programa AquaIguaçu, implantado em 2005 com a atribuição de monitoramento das Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) em sua Área de Uso Público. São realizadas análises físico-químicas e microbiológicas dos efluentes finais e dos corpos receptores das ETEs.

“Através dessas análises, é possível monitorar a qualidade dos cursos d’água nos pontos de visitação do parque e evitar problemas ao meio ambiente e à saúde coletiva. Seis empresas têm concessão para prestar serviços na área, incluindo praças de alimentação, lojas e passeios de barco e de helicóptero. As empresas tratam seus efluentes por meio das estações de tratamento do parque”, diz o chefe do parque.

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