quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ICMBio participará em setembro do VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participará do VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), promovido pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. O evento, que ocorrerá entre os dias 20 e 24 de setembro, em Curitiba (PR), reunirá alguns dos principais líderes mundiais para debater soluções e alternativas para a conservação da natureza. As inscrições antecipadas e com desconto podem ser feitas até o dia 21 de agosto diretamente no site do evento www.fundacaoboticario.org.br/cbuc.

O tema do VI CBUC é “Conservação das áreas naturais num mundo em transformação” e tem como pano de fundo a discussão de ações práticas que contribuam para amenizar os efeitos nocivos das mudanças climáticas sobre a vida na Terra. “É fundamental fazermos essa ligação da conservação da natureza com a nossa vida e ampliar a discussão de que a proteção ao meio ambiente é o que vai garantir a vida do homem na Terra”, afirma a diretora executiva da Fundação O Boticário, Malu Nunes.

Do evento sairá um documento científico com uma posição dos especialistas reunidos no congresso sobre mudanças climáticas. O objetivo é contribuir e influenciar as decisões que serão tomadas pelo Brasil na COP15 (15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que acontecerá em dezembro, na Dinamarca. As regras definidas na COP15 entram em vigor em 2012 e vão definir o que o mundo vai fazer em relação às mudanças climáticas. “É um momento crucial de definições. Estamos trabalhando forte para contribuir com soluções que possam agregar às decisões”, diz Malu.

DESTAQUES – Nas conferências do VI CBUC serão apresentados e debatidos exemplos e alternativas de como aliar a conservação da natureza ao desenvolvimento econômico. Um dos destaques é a presença do economista ecológico do Instituto de Economia Ecológica da Universidade de Maryland, Robert Costanza, que vai debater o tema “O desafio do século 21: como integrar a conservação da natureza com o desenvolvimento econômico?”.

O fisico José Goldemberg, do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados, na Áustria, e da Universidade de São Paulo, vai apresentar um painel sobre as buscas da ciência por soluções que garantam a sustentabilidade da vida na Terra. Gunars Platais, do Banco Mundial, nos EUA, é um dos conferencistas que vão apresentar casos bem sucedidos de pagamentos por serviços ambientais; e Thomas Lovejoy, do Heinz Centre (EUA), vai relacionar as mudanças climáticas aos desafios da conservação.

Paralelamente às conferências, será realizado o II Simpósio Internacional de Conservação da Natureza, voltado para discussões técnicas sobre conservação da natureza, como invasão de espécies exóticas, uso público de áreas protegidas, gestão de unidades de conservação, proteção da biodiversidade em oceanos e no litoral, e pagamento por serviços ecossistêmicos.

ICMBIO – Gestores do ICMBio participarão de debates no Simpósio. O coordenador de Uso Público e Negócios da Diretoria de Proteção Integral (Direp), Julio Gonchorosky, fará palestra sobre “Status do uso público das UCs federais no Brasil”. Já a coordenadora-geral de Criação, Planejamento e Avaliação de UCs, Maria Iolita Bampi, e o coordenador de Elaboração e Revisão de Plano de Manejo, Carlos Henrique Fernandes, falarão sobre o Sistema de Unidades de Conservação Federal Brasileiro – Do Planejamento à monitoria da implementação dos planos de manejo. As intervenções estão marcadas para o dia 25 de setembro.

Além da programação oficial de conferências e seminários, junto com o IV CBUC acontece a III Mostra de Conservação da Natureza, que é aberta ao público. Na Mostra, organizações governamentais e não-governamentais, empresas, universidades, entre outras instituições, poderão apresentar e disseminar suas ações voltadas para proteção do meio ambiente. A reserva de estandes é feita pelo site do evento.

Em 2007, na quinta edição do congresso, a Fundação O Boticário mensurou pela primeira vez as emissões de gases de efeito estufa no evento. No VI CBUC, o levantamento também está sendo feito e o foco é no transporte, atividade responsável por mais de 80% das emissões em 2007. “Na quinta edição, nós mensuramos as emissões e as neutralizamos por meio da adoção de uma área de Mata Atlântica em parceria com a ONG SPVS. Desta vez, vamos levantar as principais emissões para traçarmos um plano de redução para a próxima edição do congresso, em 2011, neutralizando somente o que não for possível reduzir”, afirma Leide.

SOBRE O CBUC – O Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação é promovido pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza desde 1997 e acontece a cada dois anos. O objetivo é disseminar conhecimento e propiciar a troca de experiências entre as pessoas que trabalham pela conservação de áreas naturais no Brasil e no mundo, com o intuito de viabilizar soluções práticas para a preservação da vida na Terra.

SOBRE A FUNDAÇÃO – A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos, cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador do Boticário, a atuação da Fundação O Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras organizações e disseminação de conhecimento.

Desde a sua criação, a Fundação O Boticário já apoiou em todo o Brasil, 1.194 projetos de conservação da natureza e mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica, e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país.

Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ecossistêmicos em regiões de manancial, o Projeto Oásis. Criado em 2006, o projeto premia financeiramente proprietários que protegem suas áreas de mananciais na região da Bacia do Guarapiranga, na Região Metropolitana de São Paulo.

Ascom/ICMBio

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