O Comtur (Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu) apresentou nesta terça-feira, 12, o documento “Proposta Operativa para a Diminuição do Fluxo de Veículos no Parque Nacional do Iguaçu”. A entrega da proposta foi feita pelo presidente da entidade, Paulo Angeli, e pelo secretário de Turismo, Felipe Gonzalez, ao chefe da unidade, Jorge Pegoraro.
O documento é resultado da reunião entre o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi e o diretor de Unidades de Conservação de Proteção Integral do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski.
O encontro ocorreu há mais de um mês, em busca de uma solução para o impasse sobre o grande volume de veículos que trafegam pela BR 469, via de acesso às Cataratas do Iguaçu. A atenção sobre o tráfego aumentou após o atropelamento e morte de uma onça-pintada, ocorrida na BR 469, na madrugada do dia 28 de março.
Conforme Pegoraro, o documento, com 11 propostas para diminuir a fluxo geral de automóveis, será analisado pelo corpo técnico do ICMBio, órgão gestor do Parque Nacional do Iguaçu. Em breve será apresentado o parecer do ICMBio em relação a proposta do Comtur. As propostas do documento do Conselho incluem: cadastrar todos os veículos, incluindo, moradores, fornecedores e funcioários do Parque; criar mecanismos financeiros que visem compensar o impacto que este transporte possa causar no meio ambiente; ralizar treinamento e cursos para motoristas que aborde a direção defensiva, entre outras.
Histórico - A interdição do tráfego de veículos de turismo dentro do Parque vem sendo discutida desde o ano 2000, quando foi feita a revitalização da área de uso público. Na época foi implantado o atual sistema de transporte, no qual o visitante é levado por ônibus até o atrativo, proibindo a entrada de automóveis particulares.
Com a concessão do prédio do Hotel das Cataratas para o grupo Orient Express, ficou definido, através de edital, que o transporte dos hóspedes do portão de serviços do Parque até o hotel seria de responsabilidade do concessionário. A restrição, entretanto, foi adiada até a conclusão do estudo apresentado pelo Comtur. O conselho argumenta que a restrição sobre os veículos de turismo (vans, taxis, ônibus e outros) vai gerar um forte impacto na economia de Foz do Iguaçu.
(Parque Nacional do Iguaçu) Foto: Nilton Rolin
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