Brasília (12/05/2009) – A primeira semana de maio foi marcada pela menor vazão das Cataratas do Iguaçu neste ano. A vazão, que normalmente é de 900 a 1000 m3/s, chegou a 400 m3/s no dia 6. Além da estiagem na cabeceira do Rio Iguaçu, situada a mais de 600 quilômetros de sua foz, outros fatores contribuem para a alteração da paisagem observada nesta semana, como as secas e enchentes que vem sendo observadas desde 2005 e a existência das usinas hidrelétricas na bacia do Rio Iguaçu.
Para a melhor exploração dos recursos hídricos, as usinas represam quantidades consideráveis de água em seus reservatórios, em função da necessidade contínua de produção de energia elétrica. Essa atividade leva a uma redução da homogeneização nos níveis da vazão ao longo do ano e bruscas flutuações em curtos intervalos de tempo.
Segundo o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro, a diminuição da vazão a jusante do Rio Iguaçu não afeta apenas as belezas cênicas das Cataratas. Há muitos problemas ambientais decorrentes dessas alterações. “Por exemplo, a redução de habitats aquáticos, com a consequente perda de locais de crescimento, alimentação e desova da ictiofauna”, cita ele.
Além disso, continua o chefe, as rochas, antes submersas, tornam-se obstáculos à transposição da ictiofauna, o que compromete a reprodução de espécies migratórias e causa o isolamento de algumas populações.
“Essas alterações de vazão influenciam ainda no aumento da turbidez e da poluição orgânica que, consequentemente, afetam os parâmetros físico-químicos da água, afetando comunidades vegetais e animais, podendo tornar alguns pontos impróprios à sobrevivência de alguns organismos mais sensíveis as tais variações”, alerta Pegoraro.
Para a melhor exploração dos recursos hídricos, as usinas represam quantidades consideráveis de água em seus reservatórios, em função da necessidade contínua de produção de energia elétrica. Essa atividade leva a uma redução da homogeneização nos níveis da vazão ao longo do ano e bruscas flutuações em curtos intervalos de tempo.
Segundo o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro, a diminuição da vazão a jusante do Rio Iguaçu não afeta apenas as belezas cênicas das Cataratas. Há muitos problemas ambientais decorrentes dessas alterações. “Por exemplo, a redução de habitats aquáticos, com a consequente perda de locais de crescimento, alimentação e desova da ictiofauna”, cita ele.
Além disso, continua o chefe, as rochas, antes submersas, tornam-se obstáculos à transposição da ictiofauna, o que compromete a reprodução de espécies migratórias e causa o isolamento de algumas populações.
“Essas alterações de vazão influenciam ainda no aumento da turbidez e da poluição orgânica que, consequentemente, afetam os parâmetros físico-químicos da água, afetando comunidades vegetais e animais, podendo tornar alguns pontos impróprios à sobrevivência de alguns organismos mais sensíveis as tais variações”, alerta Pegoraro.
SAIBA MAIS
Usinas Hidrelétricas (UHE) do Rio Iguaçu
- UHE Governador Bento Munhoz da Rocha Netto
É a maior usina da Copel (Companhia Paranaense de Eletricidade). Com capacidade de 1.676 MW de potência, está localizada a 5 km da jusante da foz do rio Areia e 240 km de Curitiba, no município de Pinhão.
- UHE Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Salto Segredo)
Segunda usina da Copel em potência instalada (possui capacidade de 1.260 MW). Está localizada no município de Mangueirinha a, aproximadamente, 285 km de Curitiba. Foi inaugurada em 1992, tendo como marco fundamental o primeiro Relatório de Impacto Ambiental (Rima) no Brasil para uma usina hidrelétrica, elaborado e aprovado em 1987.
- UHE Salto Santiago
A usina tem capacidade instalada de 1.420 MW e energia assegurada de 723 MW médios, possuindo 4 unidades geradoras de 355 MW cada. Situada no município de Saudade do Iguaçu, cerca de 410 km de Curitiba, iniciou sua operação em 1980 e seu reservatório ocupa uma área de 208 quilômetros quadrados.
- UHE Salto Osório
Com capacidade instalada de 1.078 MW, possui 6 unidades geradoras de 180 MW cada e 2 com 175 MW cada. Salto Osório está situada no curso principal do Rio Iguaçu, no Estado do Paraná, no município de Quedas do Iguaçu. O início das atividades da UHE ocorreu em 1975, sendo que a primeira das 6 Unidades Geradoras foi disponibilizada por despacho do ONS em outubro de 1975 e a sexta, em junho de 1981.
- UHE Governador José Richa (Salto Caxias)
Uma das mais importantes da Copel, possui capacidade de 1.240 MW de potência. Está situada em um dos municípios lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu, Capitão Leônidas Marques. As obras de construção desta usina se iniciaram em 1995, no entanto, sua operação só foi possível em 1999.
Ascom/ICMBio
Fonte: http://www.icmbio.gov.br/
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