sexta-feira, 29 de maio de 2009
Campanha distribui prêmios para estimular voto nas Cataratas
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Vazão nas Cataratas do Iguaçu volta ao normal
Dia da Mata Atlântica é comemorado hoje

A medida está entre as prioridades do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e foi anunciada na sexta-feira (22) pelo ministro Carlos Minc, durante comemorações da Semana Nacional da Mata Atlântica 2009, no Museu Afro Brasil, no Ibirapuera, em São Paulo.
Para alcançar essa meta, o MMA investirá na criação de corredores ecológicos, de mosaicos de áreas protegidas, criação de novas unidades de conservação, no estímulo à criação de RPPNs e no pagamento por serviços ambientais a pequenos agricultores, que se encarregariam de reflorestar margens de rios e encostas.
No sábado (23), durante palestra na mesa-redonda sobre legislação ambiental, no seminário que encerrou as comemorações da Semana Nacional da Mata Atlântica, em São Paulo, Minc anunciou que o MMA vai preparar uma cartilha para apresentar, em linguagem simples e direta, os principais pontos da Lei e do Decreto da Mata Atlântica, destacando não apenas os tipos de uso e ocupação proibidos mas também que atividades podem ser desenvolvidas e como elas devem ser realizadas.
Ele frisou que o espírito do decreto que regulamentou a Lei da Mata Atlântica é justamente o de apresentar as formas de fazer o certo, e é a isso que o MMA, em parceria com as ONGs que atuam na região, devem dar toda publicidade.
"A legislação prevê vários tipos de ocupação e exploração econômica possíveis na Mata Atlântica, mas quase ninguém sabe disso. Os ruralistas estão inventando que vamos derrubar as macieiras e as parreiras das encostas, que vamos expulsar famílias de agricultores e outras barbaridades e com isso conseguindo apoio para defender seus interesses particulares. Vamos mostrar que a legislação protege os interesses maiores do país e defende os pequenos produtores.”, disse Minc.
Num "momento político difícil" como este, Minc destacou, no entanto, que vem conseguindo vitórias importantes à frente ao MMA e antecipou aos participantes do evento algumas "boas notícias" que serão anunciadas oficialmente nas próximas semanas.
O BIOMA – A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta, estando hoje reduzida a menos de 7% de sua extensão original, segundo os resultados recentes do Atlas da evolução dos remanescentes florestais e ecossistemas associados, para este bioma, desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Sua extensão original perfazia mais de 1.290.000 km2 do território nacional, estendendo-se desde o Nordeste Brasileiro até o Rio Grande do Sul.
Desde as primeiras etapas da colonização do Brasil, a Mata Atlântica tem passado por uma série de surtos de conversão de florestas naturais para outros usos, cujo resultado final observa-se nas paisagens hoje fortemente dominadas pelo homem. A maior parte dos ecossistemas naturais foi eliminada ao longo de diversos ciclos desenvolvimentistas, resultando na destruição de habitats extremamente ricos em recursos biológicos.
A região foi tradicionalmente a principal fonte de produtos agrícolas, e atualmente abriga os maiores pólos industriais e silviculturais do Brasil, além dos mais importantes aglomerados urbanos.
A dinâmica da destruição foi mais acentuada durante as últimas três décadas, resultando em alterações severas paras os ecossistemas que compõem o bioma, especialmente pela alta fragmentação do habitat e perda de sua biodiversidade. A vasta maioria dos animais e plantas ameaçada de extinção do Brasil são formas representadas nesse bioma, e das sete espécies brasileiras consideradas extintas em tempos recentes, todas encontravam-se distribuídas na Mata Atlântica, além de outras exterminadas localmente.
A maior parte das nações indígenas que habitava a região por ocasião da colonização já foi dizimada, sendo que as remanescentes subsistem em situação precária, em terras progressivamente ameaçadas por interesses diversos.
A Mata Atlântica significa também abrigo para várias populações tradicionais e garantia de abastecimento de água para mais de 100 milhões de pessoas. Parte significativa de seus remanescentes está hoje localizada em encostas de grande declividade. Sua proteção é a maior garantia para a estabilidade geológica dessas áreas, evitando assim as grandes catástrofes que já ocorreram onde a floresta foi suprimida, com conseqüências econômicas e sociais extremamente graves. Esta região abriga ainda belíssimas paisagens, cuja proteção é essencial ao desenvolvimento do ecoturismo, uma das atividades econômicas que mais crescem no mundo.
Distribuído ao longo de mais de 23 graus de latitude sul, com grandes variações no relevo e regimes pluviométricos, a Mata Atlântica é composta de uma série de tipologias ou unidades fitogeográficas, constituindo um mosaico vegetacional que proporciona a grande biodiversidade reconhecida para o bioma.
Apesar da devastação acentuada, a Mata Atlântica ainda abriga uma parcela significativa de diversidade biológica do Brasil, com altíssimos níveis de endemismo. A riqueza pontual é tão significativa que os dois maiores recordes mundiais de diversidade botânica para plantas lenhosas foram registrados nesse bioma (454 espécies em um único hectare do sul da Bahia e 476 espécies em amostra de mesmo tamanho na região serrana do Espírito Santo). As estimativas indicam ainda que a Mata Atlântica abriga 261 espécies de mamíferos (73 deles endêmicos), 340 de anfíbios (253 endêmicos), 192 de répteis (60 endêmicos), 1.020 de aves (188 endêmicas), além de aproximadamente 20.000 espécies de plantas vasculares, das quais aproximadamente metade estão restritas ao bioma.
Para alguns grupos, como os primatas, mais de 2/3 das formas são endêmicas. Em virtude da sua riqueza biológica e níveis de ameaça, a Mata Atlântica, ao lado de outros 24 biomas localizados em diferentes partes do planeta, foi indicada por especialistas, em um estudo coordenado pela Conservation International, como um dos hotspots mundiais, ou seja, uma das prioridades para a conservação de biodiversidade em todo o mundo.
A conservação da Mata Atlântica é um desafio, pois nosso conhecimento sobre sua biodiversidade ainda permanece fragmentado e o bioma, que corresponde a duas vezes o tamanho da França, mais de três vezes a Alemanha, e 4,5 vezes a Grã-Bretanha, está sob forte pressão antrópica. Além disso, a Mata Atlântica é hoje responsável por quase 70% do PIB nacional, abriga mais de 60% da população brasileira, e possui as maiores extensões dos solos mais férteis do países. Para a Mata Atlântica muitas prioridades de conservação são conhecidas, mas há ainda uma tarefa importante a fazer, que é de traduzir estas prioridades para uma linguagem comum e em um esforço conjunto para sua efetiva conservação.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Governo cria grupo de trabalho para reforçar turismo nos parques nacionais
O GTI acompanhará a execução dos investimentos nos parques nacionais, principalmente no que diz respeito aos impactos socioeconômicos e ambientais do turismo nos municípios nos quais essas unidades se localizam, promovendo quando necessário as adequações necessárias à implementação das ações previstas.
O grupo definirá, ainda, estratégias que aproxime os parques da sociedade brasileira, sensibilizando-a sobre a importância da conservação da biodiversidade existente nessas áreas, assim como a sua utilização sustentável, estabelecendo mecanismos de promoção do turismo de forma integrada com as políticas e projetos desenvolvidos nestas áreas.
O GTI conta com representantes do Ministério do Meio Ambiente (Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável) e do Ministério do Turismo (Secretaria Nacional de Políticas de Turismo e Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo), do e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo).
A coordenação do GTI fica a cargo da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, que poderá convidar representantes da administração pública federal, estadual ou municipal, de entidades privadas e de organizações da sociedade civil de notório saber para contribuir na execução dos trabalhos.
Ascom/ICMBio
Parque Nacional do Iguaçu estuda proposta para reduzir tráfego de carros no interior da unidade
Elaborado pelo Comtur, o documento é resultado de uma reunião entre o prefeito de Foz de Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi, e o diretor de Unidades de Conservação de Proteção Integral do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski.
O encontro aconteceu no início do mês e teve o objetivo de encontrar uma solução para o grande volume de veículos que trafegam pela BR 469, via de acesso às Cataratas do Iguaçu. A atenção sobre o tráfego aumentou após o atropelamento e morte de uma onça-pintada, ocorrida na rodovia no dia 28 de março.
Segundo o chefe da unidade, o documento com 11 propostas para diminuir o fluxo geral de automóveis, será analisado pelo corpo técnico do ICMBio, órgão gestor do Parque Nacional do Iguaçu. “Em breve vamos dar um parecer”, afirma Pegoraro.
Entre as propostas, estão o cadastramento de todos os veículos, incluindo moradores, fornecedores e funcionários do Parque; a criação de mecanismos financeiros que visem compensar o impacto que esse transporte possa causar no meio ambiente; e a promoção de cursos e treinamento para motoristas sobre direção defensiva.
Histórico – Desde 2000 quando foi feita a revitalização da área de uso público, a interdição do tráfego de veículos de turismo dentro do Parque vem sendo discutida. Na época foi implantado o atual sistema de transporte, no qual o visitante é levado por ônibus até o atrativo, proibindo a entrada de automóveis particulares.
Com a concessão do prédio do Hotel das Cataratas para o grupo Orient Express, ficou definido, através de edital, que o transporte dos hóspedes do portão de serviços do Parque até o hotel seria de responsabilidade do concessionário. A restrição foi adiada até a conclusão do estudo apresentado pelo Comtur. O conselho argumenta que a restrição sobre os veículos de turismo – vans, taxis e ônibus – pode ter impacto negativo na economia de Foz do Iguaçu.
Ascom/ICMBio
Fonte: http://www.icmbio.gov.br/
sábado, 23 de maio de 2009
Tem início a Fase-II da Operação biXo
sexta-feira, 22 de maio de 2009
MMA e ICMBio comemoram Semana da Mata Atlântica com debates sobre UCs e políticas públicas
A primeira atividade do ministro será às 16h30 no Museu Afro Brasil, no Parque do Ibirapuera. Às 20h30, ele participa de reunião com movimentos sociais para tratar da reforma do Código Florestal, na Rua Pedroso de Morais, 347 casa 5. No sábado (23), às 9h, ainda dentro da programação da Semana Nacional da Mata Atlântica 2009, o ministro Carlos Minc participa do Seminário de Políticas Públicas para a Mata Atlântica, no Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera.
Desde a sua instituição, em 2000, este é o primeiro ano que o País comemora o Dia da Mata Atlântica (27 de maio) dispondo de ferramentas realmente efetivas para implementar políticas públicas de conservação das áreas remanescentes no bioma e recuperação da vegetação natural, que são a Lei da Mata Atlântica, o decreto que a regularizou e o mapa que identifica as áreas em que ela se aplica.
"Com a regularização e o mapa confeccionado pelo IBGE, o arcabouço legal, em nível nacional, está praticamente completo, faltando alguma coisa que ainda precisa ser definido pelo Conama, como a situação das áreas de restinga. Agora é preciso estreitar o foco e estimular os municípios a elaborarem seus planos específicos de conservação e recuperação", observa a secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito.
Com essas ferramentas, o Ministério do Meio Ambiente espera atingir a meta de recuperação de 30% da cobertura florestal e da biodiversidade da Mata Atlântica, hoje restritas a 20% da área original. Todo esse arcabouço legal e o Programa Nacional de Conservação da Recuperação da Mata Atlântica será discutido no Seminário de Políticas Públicas, que acontecerá na manhã de sábado. Nos debates de amanhã o tema será "Áreas Protegidas, Mosaicos e Corredores Ecológicos da Mata Atlântica".
A programação do MMA para a Semana da Mata Atlântica 2009 inclui ainda o lançamento do sumário, em português, da publicação "Status dos Recifes de Corais no Mundo", catálogo bianual da Rede Global de Monitoramento de Recifes de Coral (GCRMN, na sigla em inglês) que pela primeira vez reservou um capítulo aos recifes da costa brasileira.
A SOS Mata Atlântica apresentará também os primeiros resultados Programa de Incentivo às Reservas Particulares de Proteção Natural (RPPNs), desenvolvido pela ONG em parceria com a Conservação Internacional e a The Nature Conservancy. A atividade, que reunirá proprietários, representantes de associações de RPPNs, ONGs, patrocinadores e parceiros, acontecerá às 18h30m de amanhã (22), com a participação do ministro Carlos Minc.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Vazão nas Cataratas do Iguaçu se recupera
Para alivio de quem trabalha com turismo e para milhares de pessoas que todos os dias visitam o Parque Nacional do Iguaçu (PNI), aos poucos, a vazão das Cataratas do Iguaçu começa a reagir. Nesta quinta-feira (21), na parte da manhã, segundo o site de monitoramento hidrológico da Copel, a vazão passou dos 780 metros cúbicos por segundo, o que representa praticamente a metade do volume normal.
Elite disputará 3ª Meia Maratona das Cataratas
O cenário único da 3ª Meia Maratona das Cataratas do Iguaçu e a premiação de R$ 60 mil têm chamado a atenção de mais atletas de ponta. Depois da inscrição de três corredores do Cruzeiro (Franck Caldeira, Giomar Pereira da Silva e Luís Paulo da Silva Antunes), confirmaram a participação esta semana Cosme Ancelmo de Souza, Damião Ancelmo de Souza e Alessandro de Souza, da equipe carioca Pé de Vento.
A presença de atletas de alto nível do cenário esportivo nacional e internacional vai acirrar a disputa da prova, no dia 5 de julho, em Foz do Iguaçu, no Paraná. São esperados ao menos mil corredores de diversas partes do Brasil e também do exterior.
O mineiro Franck Caldeira, campeão da São Silvestre em 2006, será uma das estrelas da prova, competindo pelo Cruzeiro, uma das mais fortes equipes do circuito brasileiro. O clube terá dois outros representantes de ponta: Giomar Pereira da Silva, atual campeão do Circuito Caixa; e Luís Paulo da Silva Antunes, campeão da Corrida Internacional Troféu Cidade de São Paulo, em 25 de janeiro deste ano.
Entre as inscrições confirmadas, estão Cosme Ancelmo de Souza, campeão da Meia Maratona de São Bernardo (SP), Damião Ancelmo de Souza, campeão da Meia Maratona Internacional de São Paulo, e Alessandro de Souza, Meia Maratona de Gaspar. Os três são corredores da equipe carioca Pé de Vento, tradicional em provas de maratona e meia maratona no Brasil.
Estrangeiros — A comissão organizadora espera ainda ultrapassar o número de atletas de outros países. São esperados corredores principalmente da América do Sul e dos países que compõem a região da Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai), onde está localizada Foz do Iguaçu. Também já está confirmada a presença de corredores do Quênia e da Tanzânia. “A prova promete ser estimulante ao público e aos competidores com a presença de atletas de alto nível, num cenário marcado pelo encontro perfeito da natureza e do esporte”, comentou Adélio Demeterko, gerente-comercial da Cataratas do Iguaçu S/A, empresa organizadora da prova.
Homenagem — O troféu da 3ª Meia Maratona das Cataratas do Iguaçu leva o nome “Itaipu Binacional — 35 Anos”, em referência à instalação da Itaipu. A primeira edição homenageou o “Bicentenário Almirante Tamandaré” e a segunda, os “70 anos do Parque Nacional do Iguaçu”.
O evento é uma realização da Concessionária Cataratas do Iguaçu S/A e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. E é organizado pela Associação Pró-Correr de Incentivo ao Esporte, com patrocínio da Itaipu Binacional, Nestlé e Caixa Econômica Federal, além de apoio da Prefeitura de Foz do Iguaçu, Mabu Hotéis & Resort, Vittalev, i9 Hidrotônico, Leve Supreme, Kero Coco, Portal H2FOZ e Porto Canoas.
Serviço
3ª Meia Maratona das Cataratas — Troféu Itaipu Binacional 35 anos
Data: 5 de julho de 2009
Premiação: R$ 60 mil
www.meiamaratonadascataratas.com.br
(Grampo Comunicação)
Fonte: http://h2foz.com.br/modules/noticias/article.php?storyid=11653
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Foz se mobiliza contra construção da usina do Baixo Iguaçu

O trade turístico, autoridades políticas e ambientalistas debateram nesta terça-feira, dia 19, a construção da Usina do Baixo Iguaçu, que se construída, poderá afetar o nível das águas nas Cataratas do Iguaçu. O debate aconteceu na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, numa audiência pública convocada pelo vereador Valdir de Souza ‘Maninho’ (PMDB).
Participaram da audiência o presidente do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), Paulo Angeli; os prefeitos de Capanema e Capitão Leônidas Marques, Milton Kafer e Claudiomiro Quadri; o presidente da Associação de Educação Ambiental de Foz do Iguaçu, André Alliana; o secretário municipal de turismo, Felipe Gonzalez, o diretor regional do Instituto Ambiental do Paraná, Irineu Ribeiro; o diretor do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro; além dos vereadores Nilton Bobato, Edson ‘Narizão’, Carlos Juliano Budel e Rodrigo Cabral.
Durante a discussão, a opinião dos participantes foi quase unânime. Todos estão preocupados em relação aos impactos com a contrução da usina no Rio Iguaçu poderá causar, tanto no aspecto ambiental, quanto no aspecto econômico. De acordo com Angeli, que apresentou o estudo “Os impactos da construção da usina hidrelétrica do Baixo Iguaçu para o turismo”, encomendado pelo próprio COMTUR, o destina é incerto. “Nós não podemos medir os impactos, mas estamos certos de que eles existirão”, disse.
De acordo com ambientalistas, entre eles André Alliana, com a construção da Usina, o impacto no nível de água do Rio Iguaçu, que já sofre com altas e baixas, poderá ser totalmente desregulado. “Afetando o ecossistema, prejudicaremos o turismo, a economia. Os peixes, que já sofrem para subirem o Rio Iguaçu, vão sofrer ainda mais com a barragem, ou seja, toda a ordem será prejudicada. O impacto será altíssimo”.
Nilton Bobato disse que a dúvida sobre o impacto só será realmente respondida, quando a usina for construída. “Só vamos saber realmente o impacto da Usina, quando ela for construída. Mas e se, realmente este impacto for grande? Nós não poderemos desmontar a barragem. Este é um debate muito sério e que necessita de amplitude”.
O representante do IAP, Irineu Ribeiro, disse que não participou da comissão que analisou e aprovou a execução do projeto, mas disse que, segundo a assessoria jurídica do IAP, no edital de licitação está previstas medidas de preservação ambiental, entre elas, um canal da piracema, semelhante ao existente da Itaipu.
Um dos argumentos interessantes foi o de Jorge Pegoraro. Segundo o diretor do Parque Nacional, a própria Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura), que tombou o Parque Nacional como patrimônio da humanidade em 1986, enviou um comunicado pedido cautela em relação à construção da Usina do Baixo Iguaçu.
Baixo Iguaçu
Orçada em US$ 525 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão), a usina do Baixo Iguaçu terá capacidade, quando instalada, de 350 megawatts, potência capaz de abastecer uma cidade com aproximadamente 1 milhão de habitantes. Incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a usina teve seu cronograma alterado mais de uma vez e ainda não obteve a licença prévia dos órgãos ambientais – primeiro passo para a execução de um projeto desse tipo. De acordo com o prospecto da empresa, o reservatório de Baixo Iguaçu terá 13 quilômetros quadrados e vai inundar 336 propriedades rurais, exigindo o reassentamento de 359 famílias que vivem na área.
Segundo dados da empresa curitibana Sociedade da Água Consultoria Ambiental, Capitão Leônidas Marques perderá 550,8 hectares, Capanema entrará com 452,4 hectares e Realeza 340,4 hectares. Embora contribuam com menos terras, Planalto e Nova Prata do Iguaçu também terão terras alagadas. Planalto perderá 6,18 hectares e Nova Prata do Iguaçu perderá 3,87.
O dique da represa ficará cerca de 90 quilômetros acima das Cataratas, patrimônio natural protegido por dois parques naturais, um do Brasil e outro da Argentina, e destino turístico – que somente no ano passado – foi visitado por mais de um milhão de pessoas. A represa começará a ser construída em seis meses pela empresa Neoenergia e tem previsão para ficar pronta em 2011.
O Brasil não é obrigado a pedir autorização à Argentina para este projeto, já que não existem convênios bilaterais sobre o uso partilhado do rio Iguaçu, cujos últimos 100 quilômetros antes de sua desembocadura no Rio Paraná marcam a fronteira dos dois países.
(Asssesoria Câmara de Foz do Iguaçu)
Fonte: http://www.h2foz.com.br/modules/noticias/article.php?storyid=11641
terça-feira, 19 de maio de 2009
Construção da Usina do Baixo Iguaçu é tema de audiência

O projeto de construção da Usina do Baixo Iguaçu será o tema da audiência pública na Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu na tarde desta terça-feira, 19. Estarão presentes no plenário da Casa de Leis, autoridades do turismo, de órgãos públicos do meio ambiente, representantes de organizações não governamentais e a população em geral.
A usina do Baixo Iguaçu está projetada para ser construída pelo consórcio Neoenergia, no rio Iguaçu, no município de Capitão Leônidas Marques, sudoeste do Paraná. Se construída as estruturas da hidrelétrica com capacidade para gerar 340 megawatts ficarão a menos de um quilômetro da borda do Parque Nacional do Iguaçu. O consórcio é formado pelo Banco do Brasil (BB) Investimentos e o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), que detêm 51% do capital das ações, e o grupo espanhol Iberdrola, que atua na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica.
Uma das preocupações que será debatida na audiência é quanto o o impacto ambiental que a construção da usina possa acontecer no parque, inclusive a alteração no nível das águas nas Cataratas do Iguaçu, distante 70 quilômetros do local escolhido para a construção da usina.
A discussão já gerou até um estudo encomendado pelo Comtur - Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu. O documento intitulado "OS IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DO BAIXO IGUAÇU PARA O TURISMO", traz a preocupação do setor quanto as inplicações socioeconômicas para Foz do Iguaçu e região, se houver alteração da paisagem do atrativo.
Fonte: http://h2foz.com.br/modules/noticias/article.php?storyid=11630
segunda-feira, 18 de maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Vazão das Cataratas do Iguaçu aumenta
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Comtur anuncia proposta para entrada de veículos no Parque

A cotia que atravessou o caminho da onça
Por * Marcos Sá Correa
Com o diretor Jorge Pegoraro ao volante, o carro da administração rodava sem o menor sacolejo no asfalto amarrotado que leva às Cataratas do Iguaçu. Naquela hora da manhã, os portões do parque nacional ainda estavam fechados aos turistas. As cotias trafegavam pelo capim do acostamento, na borda da floresta, como se a estrada fosse delas.
Pegoraro dirigia devagar, contornando uma a uma as rugas da pavimentação. Vista assim, ninguém diria. Mas aquela é uma uma rodovia federal, a BR-469, entregue a uma dessas instâncias técnicas do governo que os políticos ocupam para adequar aos rumos e urgências do calendário eleitoral. O piso é sempre feito às pressas e dura um mandato. Acaba datado pelos sucessivos remendos, como uma linha do tempo em extratos geológicos.
Dia da caça
A qualidade do asfalto é uma das queixas que, como chefe do parque, Pegoraro mais ouve, descotado neste momento o clamor das agências turísticas contra a estiagem que secou antes do tempo a maior parte das cachoeiras, reduzindo o cenário espetacular do Iguaçu a um cânion de pedras nuas com a Garganta do Diabo ao fundo. Ali, o rio despeja de uma vez a água que sobra em sua calha.
Mas o diretor falava de outro assunto: o da onça-pintada que morreu atropelada semanas atrás, na unidade de conservação. A seca assusta e afugenta visitantes, mas sua lembrança será lavada na certa pelas chuvas da próxima primavera. E onça morta é problema irremediável. A baixa do mês passado pode ter reduzido em dez por cento a distância que separa a espécie do sumiço total no Iguaçu. Contam-se nos dedos, literalmente, as onças que vivem no parque.
Era um macho jovem, com seus cinco anos de idade. Estava em plena forma. O choque demoliu-o por dentro, causando hemorragia em órgãos vitais. Mas deixou intatos seus ossos. E, por fora, só uma escoriação no pelo da cabeça marcou o ponto em que o corpo raspou o asfalto. Virou uma peça perfeita para a taxidermia.
Mas não é bem disso que o parque precisa. Ele precisa, antes de mais nada, de um limite sério de velocidade na BR-469, e contra isso conspira a grita permanente da ala pró-asfaltamento. Em média, morrem vinte animais por mês em sua rodovia. E, como o rio, a fauna silvestre do Iguaçu está baixando – no caso, de maneira lenta, meio invisível e potencialmente definitiva. No dia em que o parque não tiver mais onça, começará o declínio de sua floresta. E, sem a floresta, ele corre o risco de se transformar num mafuá aquático, como o de Niágara. É pouco futuro, para quem nasceu Iguaçu.
No quilômetro 26, Pegoraro aponta o lugar onde a onça caiu. Um barranco baixo e quase a prumo separa, naquele trecho, a mata do asfalto. Pela impressão das patas dianteiras na beira do asfalto, chegou à pista num único salto, saindo do escuro, no meio da noite. Não era o dia da caça. Só seis carros passaram pela entrada do parque naquela hora, incluindo um ônibus que trazia de um jantar na cidade hóspedes do Hotel das Cataratas. Ele ficou sendo o principal suspeito. Mas o inquérito policial não conseguiu achar o culpado.
Conhecer o local do crime dá a tentação de pôr um ponto final na história, como obra da fatalidade. Até que, de repente, uma cotia se assusta e atravessa a estrada, bem na frente do carro. Pegoraro freia. A cotia some por um instante embaixo do párabrisa e reaparece adiante na moldura da janela lateral, ilesa, correndo livre para o mato. A manobra durou menos de um segundo. Tempo de sobra para demonstrar de uma vez por todas por que só profissionais da conservação deveriam dirigir em parques nacionais.
*Marcos Sá Correa é jornalista e fotógrafo. Formou-se em História e escreve na revista Piauí e no jornal O Estado de S. Paulo. Foi editor de Veja e de Época, diretor do JB, de O Dia e do site NO. É pai de Rafael Corrêa, colunista de O Eco.
Cataratas do Iguaçu registram menor vazão no ano
Para a melhor exploração dos recursos hídricos, as usinas represam quantidades consideráveis de água em seus reservatórios, em função da necessidade contínua de produção de energia elétrica. Essa atividade leva a uma redução da homogeneização nos níveis da vazão ao longo do ano e bruscas flutuações em curtos intervalos de tempo.
Segundo o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro, a diminuição da vazão a jusante do Rio Iguaçu não afeta apenas as belezas cênicas das Cataratas. Há muitos problemas ambientais decorrentes dessas alterações. “Por exemplo, a redução de habitats aquáticos, com a consequente perda de locais de crescimento, alimentação e desova da ictiofauna”, cita ele.
Além disso, continua o chefe, as rochas, antes submersas, tornam-se obstáculos à transposição da ictiofauna, o que compromete a reprodução de espécies migratórias e causa o isolamento de algumas populações.
“Essas alterações de vazão influenciam ainda no aumento da turbidez e da poluição orgânica que, consequentemente, afetam os parâmetros físico-químicos da água, afetando comunidades vegetais e animais, podendo tornar alguns pontos impróprios à sobrevivência de alguns organismos mais sensíveis as tais variações”, alerta Pegoraro.
Usinas Hidrelétricas (UHE) do Rio Iguaçu
- UHE Governador Bento Munhoz da Rocha Netto
É a maior usina da Copel (Companhia Paranaense de Eletricidade). Com capacidade de 1.676 MW de potência, está localizada a 5 km da jusante da foz do rio Areia e 240 km de Curitiba, no município de Pinhão.
- UHE Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Salto Segredo)
Segunda usina da Copel em potência instalada (possui capacidade de 1.260 MW). Está localizada no município de Mangueirinha a, aproximadamente, 285 km de Curitiba. Foi inaugurada em 1992, tendo como marco fundamental o primeiro Relatório de Impacto Ambiental (Rima) no Brasil para uma usina hidrelétrica, elaborado e aprovado em 1987.
- UHE Salto Santiago
A usina tem capacidade instalada de 1.420 MW e energia assegurada de 723 MW médios, possuindo 4 unidades geradoras de 355 MW cada. Situada no município de Saudade do Iguaçu, cerca de 410 km de Curitiba, iniciou sua operação em 1980 e seu reservatório ocupa uma área de 208 quilômetros quadrados.
- UHE Salto Osório
Com capacidade instalada de 1.078 MW, possui 6 unidades geradoras de 180 MW cada e 2 com 175 MW cada. Salto Osório está situada no curso principal do Rio Iguaçu, no Estado do Paraná, no município de Quedas do Iguaçu. O início das atividades da UHE ocorreu em 1975, sendo que a primeira das 6 Unidades Geradoras foi disponibilizada por despacho do ONS em outubro de 1975 e a sexta, em junho de 1981.
- UHE Governador José Richa (Salto Caxias)
Uma das mais importantes da Copel, possui capacidade de 1.240 MW de potência. Está situada em um dos municípios lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu, Capitão Leônidas Marques. As obras de construção desta usina se iniciaram em 1995, no entanto, sua operação só foi possível em 1999.
Ascom/ICMBio
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Vazão das Cataratas do Iguaçu aumenta
domingo, 10 de maio de 2009
Chuvas aumentam volume das Cataratas do Iguaçu
quinta-feira, 7 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Jornalista fala sobre a importância do Parque Nacional do Iguaçu

Seca deixa Cataratas do Iguaçu quase irreconhecíveis - Reportagem Jornal Nacional - 05/05/2009
Peixes estão sendo resgatados de partes secas para não morrerem.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Cataratas recebem cerca de 200 mil brasileiros no quadrimestre

Minc e Rômulo entregam 77 carros a UCs de todo o País. Veículos reforçarão as operações de fiscalização


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, entregaram nesta segunda-feira (4), em Brasília, 77 carros às unidades de conservação (UCs) e centros especializados do Instituto em todo o País. Entre os automóveis, estão 50 pick-ups Mitsubishi L200 4x4, que deverão estar à disposição das UCs em dez dias.
A aquisição foi feita no final de 2008 com o objetivo de dotar as áreas protegidas de equipamentos que lhes permitam cumprir as suas ações de campo, como a elaboração de planos de manejo, pesquisa e, principalmente, operações de fiscalização, além das atividades de rotina.
No total, foram investidos pouco mais de R$ 6 milhões. Os recursos são do orçamento do próprio ICMBio, dos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
Durante a solenidade de entrega dos carros, realizada na sede do ICMBio, no Setor Sudoeste, próximo ao centro de Brasília, o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, ressaltou a importância do investimento para o processo de consolidação das unidades de conservação federais.
“A aquisição dos veículos é resultado de um esforço de estruturação do Instituto Chico Mendes. Parte da verba é oriunda da compensação ambiental e de parcerias importantes para a conservação do nosso patrimônio natural. Os utilitários são instrumentos importantíssimos para a gestão das nossas unidades de conservação”, disse.
Ainda segundo Rômulo, com os novos carros, os servidores que atuam nos centros e unidades de conservação terão “melhores condições logísticas” para executar os trabalhos e oferecer “resultados institucionais de qualidade”.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reforçou que é preciso ter meios materiais para suprir as demandas de cada UC. “Considero essa aquisição um primeiro passo para a nossa busca em desenvolver o ecoturismo dentro dos parques nacionais e incrementar a pesquisa nas reservas e unidades destinadas ao estudo de nossos cientistas”, disse.
O ministro afirmou ainda que os veículos são fundamentais para evitar a ação de madeireiros e biopiratas e garantir a proteção das unidades de conservação. “Precisamos ter meios para proteger nossa riqueza natural. Ao todo, as áreas geridas pelo ICMBio totalizam cerca de 10% do território nacional. São mais de 300 unidades que guardam 77 milhões de hectares da nossa biodiversidade.”
Os veículos, segundo o ministro, são essenciais para que os servidores tenham condições de guardar “esse tesouro” com o maior zelo possível. “Arriscaria dizer que eles (os novos veículos) são um instrumento de defesa”, reforçou Minc.
A entrega simbólica dos carros foi feita ao chefe do Parque Nacional das Emas, o analista ambiental Carlos da Silva Cunha. Já a partir desta segunda-feira, o Instituto começa a providenciar o envio dos veículos para as unidades de conservação.
Ascom/ICMBio
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Feriado

Memória dos 70 anos do Iguaçu presente no Salão do Livro

sábado, 2 de maio de 2009
ICMBio aumenta frota para vigiar parques
ASCOM