A Engevix - uma das sócias da hidrelétrica de Baixo Iguaçu (350 MW) – já admite que o cronograma da obra não será cumprido. A expectativa é que a obra seja entregue apenas no final de 2013 e não mais em dezembro de 2012, conforme o previsto inicialmente, segundo o vice-presidente da Engevix, José Antunes Sobrinho.
Uma das prioridades do governo no PAC, a hidrelétrica, em Capitão Leônidas Marques (PR), está com o seu cronograma ameaçado por conta de um entrave no licenciamento ambiental.
A empresa negocia com os órgãos ambientais a liberação da licença para o início da obra, empacada há um ano. Para Antunes, existem avanços nas discussões entre o consórcio responsável pela obra e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). “A sinalização é positiva. O IAP já está concordando com nossos argumentos”, contou o executivo.
O Instituto Chico Mendes pela Biodiversidade (ICMBio) - reponsável pelo Parque Nacional do Iguaçu - suspendeu em setembro de 2008 a licença de Baixo Iguaçu, em função de uma liminar emitida pela Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). O MPF argumentava que o estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) têm lacunas e omissões que impedem o dimensionamento adequado dos prejuízos ambientais que a barragem provocaria. Uma delas seria a proximidade com a reserva ecológica.
Apesar das dificuldades, o último balanço do PAC mantém a expectativa de conclusão da obra fixada em junho de 2013 e a emissão da licença de instalação até o fim deste mês. O documento, no entanto, pede 'atenção' para o andamento do projeto.
Arrematada no leilão A-5, em setembro o ano passado com um preço de R$ 99/MWh, Baixo Iguaçu demandará R$ 782 milhões em investimentos. A usina fornecerá 121 MW médios no mercado regulado e 47 MW médios ao mercado livre. A outra sócia do empreendimento é a Neoenergia (90%).
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