As unidades do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade se notabilizam por proteger áreas significativas do cada vez mais frágil ambiente natural brasileiro. Uma dessas unidades é o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, considerado por especialistas do júri do Prêmio Expressão de Ecologia como detentor de uma das melhores tecnologias de gestão de parque do país.
Segundo o júri, os servidores do parque agem de forma exemplar na gestão da unidade com mais de 185 mil hectares de mata atlântica protegidos, o maior remanescente do Sul do país, e que completou 70 anos em janeiro de 2009.
Segundo o chefe do parque, Jorge Luiz Pegorado, a unidade promove várias ações socioambientais – que vão da educação ambiental a projetos de turismo ecológico e rural desenvolvidos para proveito das comunidades de 14 municípios no entorno.
Ainda segundo ele, o parque dá ênfase especial às ações de proteção à fauna. O projeto Carnívoros do Iguaçu, por exemplo, busca salvar da extinção a última população viável de onças-pintadas do Sul do País. Outras ações são o monitoramento do veado-bororó, do jacaré-do-papo-amarelo e do quati.
Os trabalhos, informa Pegoraro, são feitos em parceria com instituições de ensino, governos, empresas e ONGs. “Estudos indicam que existem no local mais de 235 espécies de aves e 50 espécies de mamíferos, além de uma rica diversidade de espécies vegetais, dentre elas o ipê-roxo, o pinheiro-do-paraná e o palmito juçara”, diz ele.
Já o projeto que venceu o Prêmio Expressão de Ecologia 2008 resolve problemas em outra frente, a de revitalização da área de uso público do parque. “Ela corresponde a 3% da área total, é a que mais sofre impactos devido à visitação (1 milhão de turistas por ano) e é nela que se encontram as Cataratas do Iguaçu”, explica o chefe.
O parque mantém anda o programa AquaIguaçu, implantado em 2005 com a atribuição de monitoramento das Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) em sua Área de Uso Público. São realizadas análises físico-químicas e microbiológicas dos efluentes finais e dos corpos receptores das ETEs.
“Através dessas análises, é possível monitorar a qualidade dos cursos d’água nos pontos de visitação do parque e evitar problemas ao meio ambiente e à saúde coletiva. Seis empresas têm concessão para prestar serviços na área, incluindo praças de alimentação, lojas e passeios de barco e de helicóptero. As empresas tratam seus efluentes por meio das estações de tratamento do parque”, diz o chefe do parque.
Fonte: http://www.icmbio.gov.br/
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